domingo, 28 de fevereiro de 2010

THRILLER

Tá nos meus favoritos porque meu filhote ama...
Mas como não gostar desse video???
Como não lembrar de seu lançamento??
Como não se empolgar com a coreografia dos zumbis?
Como não vibrar com a gargalhada maléfica do Vincent Price???

Digam o que disserem, mas Michael Jackson era o gênio do pop!



Bom domingo, queridos!

Beijos

Ana Mineira

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

DRUMMONIANDO


Edu, nosso querido Don Juan de Marco com alma de poeta, me pediu pra falar sobre Carlos Drummond de Andrade. Coitado, abriu a caixa de Pandora... É dos meus poetas preferidos e, mais que isso, sempre me senti muito próxima dele.


"Alguns anos vivi em Itabira.

Principalmente nasci em Itabira."

Confidências do Itabirano


É verdade, Carlos nasceu em Itabira, lá ele passou boa parte da infância, voltando quando se casou para lecionar história e geografia. Itabira é aqui pertim, um "tirim de espingarda"... então sempre que viajo e passo no trevo, logo ali na saída para Vitória, deixo uma olhadinha saudosa. Carlos estudou no Colégio Arnaldo, que fica em um bairro vizinho, e não há como passar na porta sem lembrar do professor que, segundo a lenda, disse que o menino era "retardado". Carlos escalava os arcos do Viaduto Santa Tereza, onde moro. Carlos e eu somos íntimos... e há muito tempo...

No ano de sua morte, minha professora de português mandou fazer um trabalho sobre o poeta. O meu grupo dispensou os velhos cartazes e pequisas e fez uma peça, uma verdadeira antologia poética. Éramos nove alunos e decoramos os poemas que recitávamos lindamente. Tinha figurino, maquiagem, trilha sonora... Um sucesso estrondoso, de público e crítica. A professora ficou tão maravilhada que nos levou em uma turnê
nos apresentando pelo colégio e por outros lugares. É claro que boa parte da turma, que já nos achava metidos a besta, passou o resto do ano com aquele olhar de "aff.." (incrível como pessoas sem graça têm inveja da "interessantice" alheia, né??).

"Por que mente o homem?

mente, mente, mente,
desesperadamente?
Por que não se cala,
se a mentira fala,
em tudo que sente?"
Especulações em Torno da Palavra Homem


A coisa que mais gosto nessa história é lembrar como um poeta tão sofisticado, e cético, e irônico pôde (a reforma ortogáfica que me desculpe, mas vou usar acento diferencial por muito tempo ainda, podem chamar de desobediência civil) encantar e inspirar tanto um bando de meninos... Prova de que a arte é capaz de tocar o coração mais chucro (tem coisa mais chucra que adolescente?).

"Nossa mãe, o que é aquele vestido
naquele prego?
Minhas filhas, é o vestido de uma dona
que passou"
Caso do Vestido

Nada mais gostoso que perceber nessa sofisticação de grande poeta um sotaque tão mineirim... e aquele olhar descomplicado daqueles, que a gente aqui, chama de "gente da roça".

Mundo mundo vasto mundo
Se eu me chamasse Raimundo
Seria uma rima, não seria uma solução
Mundo mundo vasto mundo
Mais vasto é o meu coração
Poema das Sete Faces

Carlos morreu no dia 17 de agosto de 1987, apenas 12 dias depois de sua única filha, Maria Julieta. As fotos e imagens que temos dele são quase sempre de um velhinho careca, muito sério e magro. Mas o Carlos que transparece na poesia acho que nunca saiu de Itabira, nunca teve mais de 18 anos e era um apaixonado... Tanto assim que morreu de amor.

Carlos é parte importante da minha formação de pessoa, de leitora. Foi também com ele que aprendi o valor de ser um estranho ímpar.

Igual desigual

Eu desconfiava:
Todas as histórias em quadrinhos são iguais.
Todos os filmes norte-americanos são iguais.
Todos os filmes de todos os países são iguais.
Todos os best-sellers são iguais.
Todos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol são iguais.
Todos os partidos políticos são iguais

Todas as mulheres que andam na moda são iguais.
Todos os sonetos, gazéis, virelais, sextinas e rondós são iguais.
E todos, todos os poemas em versos livres são enfadonhamente iguais.
Todas as guerras do mundo são iguais.
Todas as fomes são iguais.
Todos os amores iguais, iguais, iguais.
Iguais todos os rompimentos.
A morte é igualíssima.
Todas as criações da natureza são iguais.
Todas as ações, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais.
Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou coisa.
Ninguém é igual a ninguém.

Todo o ser humano é um estranho ímpar.


* Esse post é dedicado ao edu.

* Coloquei apenas trechos e nomes da maioria dos poemas, até porque senão o texto ficaria mais gigantesco que já está... quem quiser joga o nome no Google, tá?

Beijos

Ana Mineira

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

QUEM SABE...



Não é greve não, mas hoje sem chance de eu conseguir escrever post...
De qualquer jeito eu já estava querendo postar essa, que tem tudo a ver...






Cheguei a tempo de te ver acordar

Eu vim correndo a frente do sol
Abri a porta e antes de entrar,
revi a vida inteira
Pensei em tudo que é possível falar
Que sirva apenas para nós dois
Sinais de bem, desejo de cais
Pequenos fragmentos de luz
Falar da cor dos temporais
De céu azul das flores de abril
Pensar além do bem do mal
Lembrar de coisas que ninguém viu
O mundo lá sempre a rodar
Em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
estrada de fazer o sonho acontecer


Pensei no tempo e era tempo demais
E você olhou, sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeça
Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar
Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá sempre a rodar
Em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
estrada de fazer o sonho acontecer


Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar
Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá sempre a rodar
Em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
estrada de fazer o sonho acontecer


Beijos especiais

Ana Mineira

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

SOBREVIVÊNCIA

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010




Aos nossos Scarlett Moon de Chevalier e Lulu Santos...
E a todos os amores que também sobrevivem ao tempo, à distância e à vida...




Beijos

Ana Mineira

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O GENTIL-HOMEM, O FIDALGO E O MONTADOR DE CAVALOS



Eu adoro palavras... o significado, o som, a origem... Às vezes os menores detalhes podem explicar muito. É como aquela velha diferença entre cavalheiro e cavaleiro. Estive pensando nela. Em outras línguas são palavras totalmente diferentes e essa parecença em português acho meio forçada.

A primeira é sinônimo de gentil-homem e pode ser traduzida por gentilhomm
e, ou gentleman, ou gentiluomo, ou seja, um homem de boas maneiras. Na verdade, na Europa, no auge das monarquias era a palavra usada na Inglaterra para destacar um homem bem nascido, mas sem títulos de nobreza. Um quase nobre, digamos assim...

Já a palavra cavaleiro
surgiu pra designar um homem que tinha um cavalo que podia manter a serviço do estado. No nosso idioma permaneceu bem perto da origem e, ainda hoje, é o homem que monta cavalos. Só que na antiguidade um cavaleiro era considerado um cidadão superior, um soldado. Sabe aquele que matava o dragão pra salvar a princesa? Ele mesmo. Então na Inglaterra se tornou um título concedido pelo rei ou rainha, o fidalgo (filho de algo), que é transmitido de geração em geração e é a porta de entrada para a corte, a única maneira de se chegar à nobreza.

Acho que toda essa bagunça linguística é que confunde os homens desse país (tem que ter uma explicação, né?). A parte do cavalo é fácil... Mas essa história de separar um homem bem nascido, que sabe ser gentil daquele que é um nobre de nascimento e salva princesas de dragões... Aff... Aí complica... A começar que não está nada fácil se encontrar um dragão por aí... E as princesas de hoje em dia... se sustentam, dirigem, saem sozinhas. Não dão sinal de precisar de um salvador. Quanto aos bons modos, quem liga? Aparentemente ninguém. Ninguém precisa ser salva, ninguém liga pra gentileza e dragão é um equívoco histórico. Certo? Não.

Eu, sem perceber, comecei a fazer um teste com meus vizinhos, observando como eles agem ao entrar no prédio junto comigo. Aprendi quais são os que fazem questão de abrir as portas pra mim e mante-las abertas, se desculpam quando estão com as mãos ocupadas e em hipótese nenhuma entram primeiro no elevador. Desnecessário dizer que são meus favoritos. Desde que descobri que faço isso comecei a ver o quanto presto atenção a essas coisas e quanto elas são significativas. Mesmo quando o vizinho é gay, ou mesmo que seja meu pai ou meu irmão. Que sensação boa perceber esses seres tomando cuidado pra não andar na minha frente, ou pra que eu não tropece, me cedendo a vez. Homens e mulheres são criaturas diferentes, sem dúvida, e boa parte desses hábitos foi criada tendo em vista nada além da inferioridade física feminina, mas demonstram zelo, deferência por tudo que somos e significamos e não tem como isso não fazer bem...

Não, na maior parte do tempo não precisamos mais ser salvas... (o que não significa que eu dispense uma figura masculina confiável numa situação de perigo físico...) Não de nada que ameace nossa sobrevivência, nem precisamos mais da tutela de ninguém. O monstro da dependência é uma realidade cada vez mais distante. Mas todas e todos merecem ter quem os salve da frieza, da solidão, da desesperança... E que tenha cavalo ou não, mas que entenda de solidariedade.

Quanto ao dragão, ele hoje usa os mais variados disfarces... Às vezes ele é carência, insegurança, em outras é medo, cobrança, aspereza, intolerância... O certo é que é mais fácil matá-lo se tiver alguém do lado pra te proteger.

Espero que agora tenha ficado mais claro... Porque a verdade é muito simples: todo mundo quer se sentir especial. E mulheres se sentem especiais quando tratadas como... mulheres. Ainda que não sejam princesas em perigo, nem donzelas indefesas. E ainda que os fidalgos e cavalheiros não sejam nada mais que os homens comuns que as cercam desde sempre.



Beijos



Ana Mineira

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

SAÚDE!


Às vezes tudo pesa, né?
Tudo cansa...
E quando é com o outro fica fácil dar aquele tapinha no ombro e mandar relaxar.
É como no texto do filtro solar:

Remember the compliments you get. Forget the insults.
(If you succeed in doing this, tell me how!)
Lembre-se dos elogios que vc recebe. Esqueça os insultos.
(Se você conseguir fazer isso, conte-me como!)


Mas não é que tem horas que a gente consegue?!




Me cansei de lero-lero
Dá licença mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde
Me cansei de escutar opiniões
De como ter um mundo melhor
Mas ninguém sai de cima
Desse chove-não-molha
Só sei que agora
Eu vou é cuidar mais de mim!

Como vai, tudo bem
Apesar, contudo, todavia, mas, porém
As águas vão rolar
Não vou chorar
Se por acaso morrer do coração
É sinal que amei demais
Mas enquanto estou viva
Cheia de graça
Talvez ainda faça
Um monte de gente feliz!

Beijos

Ana Mineira

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

PRIMEIRO DIA DO ANO!!! OPS... QUER DIZER: QUARTA-FEIRA DE CINZAS!!!!

A foto é de uma quaresmeira, árvore que só floresce nessa época do ano

Ah... O carnaval se foi...
Sem querer ser do contra e já sendo:
Graças a Deus!!!!
Já não aguentava dias meio úteis... Já não aguentava ouvir que "depois do carnaval"... Acabou! Sem desculpas agora!
Feliz ano novo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

E a Quarta-Feira de Cinzas, hein?! O que significa mesmo? Nesse país tão religioso e tão pouco religioso?? Nesses tempos de comodidade e desesperança? Que que é isso, afinal de contas?
Meu lado carola vai contar pra quem não sabe...
(Deboniando também é cultura.)

Toda quarta-feira de cinzas minha avó aparecia com uma mancha preta na testa. Quando eu era pequena aquilo me intrigava muito, como ninguém nunca me dava uma resposta satisfatória (imaginem que criança chata eu fui...), com o tempo comecei a achar que ela batia a testa na torneira do tanque (minha vó adorava um tanque!!). Depois fui descobrir que aquilo era a cinza dos ramos do Domingo de Ramos, que eram icinerados e depois usados para ungir os Católicos e lembrá-los do início da quaresma. Compliquei???

Tá... com calma: os ramos (folhas de coqueiro e palmeira) são levados pelos fiéis à missa do domingo antes da tal quarta-feira para lembrar a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém (a entrada foi tão triunfal que chamou atenção dos poderosos que crucificaram Ele dias depois). Aí eles queimam os ramos (não me perguntem eles quem... os padres provavelmente...) e passam na testa das pessoas na missa da Quarta-Feira de Cinzas. Por quê!? Para lembrar o sofrimento de Jesus. Essa é a proposta para os 40 dias que separam o Carnaval da Páscoa.

Isso não faz o menor sentido?? É coisa de gente antiga que não se usa mais? Só se for na terra de vocês... Porque por aqui muita gente ainda (pessoas absolutamente insuspeitas) leva a quaresma muito a sério. É um período de penitência, de sacrifício e antigamente a Igreja Católica exigia jejum de todas as pessoas entre 18 e 60 anos. Isso quando ela podia exigir alguma coisa, né? Ultimamente sugere, muito gentilmente, dois dias sem comer carne, o primeiro e o último dia, ou seja a Quarta Feira de Cinzas e a Sexta feira da Paixão. Mas tem muita gente que inventa suas próprias penitências, o que eu acho que faz muito mais sentido. Por exemplo: para alguém que quer emagrecer jejum é penitência??? Então as pessoas usam a imaginação. Tem os que não bebem cerveja (montes deles!!!!), os que não bebem café, os que não comem doce, os que não comem chocolate, os que não falam palavrão (esquisito, né?!), os que não comem pão... enfim... cada um no seu quadrado...

Eu, pessoalmente, tão pessoalmente quanto Fernando Pessoa (tá, trocadilho infame...), acho que "tudo vale a pena quando a alma não é pequena". E se quarenta dias privado de alguma coisa que goste vão ajudar alguém a refletir sobre a bondade humana, que seja. Religiosidade é pra isso, pra nos dar desculpas pra fazermos de vez em quando e por obrigação coisas que deveríamos fazer sempre e espontaneamente... Portanto... uma Quaresma proveitosa pra todo mundo!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

AINDA É CARNAVAL

Aninha, BH também tem bloco, sabia??
Só que os nossos saem uma semana antes do carnaval pra aproveitar enquanto as pessoas ainda não fugiram da cidade.
E o maior e mais tradicional também se chama Banda Mole...
Que, na verdade, não passa de uma desculpa pra homaiada encher a cara no sábado, de com força, e subir a Rua da Bahia vestidos de mulher.
É uma grande farra.
Meu irmão é um grandessíssimo mal-humorado que odeia carnaval e toda e qualquer festividade.
Antes era ainda pior porque ele era mais "rock'n'roll".
E foi nessa época que em pleno dia de Banda Mole ele foi parar na Praça da Liberdade. Ele e um amigo tão chato quanto ele.
Entraram em uma lanchonete, que logo depois foi invadida pelas "meninas" fazendo aquela algazarra.
E aí ficaram os dois de cara amarrada bancando os superiores, sem olhar para os lados, nem dar confiança.
Foi quando um dos caras se aproximou dele, pôs a mão no ombro e disse baixinho:
"Olha, isso aqui é uma brincadeira...
Estamos todos nos divertindo...
Mas se você não tiver espírito esportivo eu te lasco um beijo na boca agora."
E ele sorriu amarelo imediatamente.
Lado triste dessa história: Eu não tava lá!
O que eu não daria pra ter presenciado uma cena dessas...



Beijos

Ana Mineira

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

FAMÍLIA ESCOLHIDA



Adoro Tigrão - O filme (e quem ainda não percebeu que não se trata de pornô, mas de filme da Disney é melhor parar por aqui). É uma história sobre o Ursinho Pooh (termo técnico de última geração, não se diz mais Puff como antigamente) e seus amigos. Eles na verdade são bichos de pelúcia do menino Christopher Robin, que imagina suas aventuras num lugar chamado "Bosque do Cem Acres".

Nesse filme, um longa metragem de animação lindamente produzido, um dos animais, o Tigrão (obviamente um tigre de pelúcia) começa a se preocupar com suas origens, afinal de contas ele é o único da sua espécie por ali. E fica deprimido ao constatar que não tem família.
(Atenção: a partir desse ponto esse texto se torna um spoiler, se você não quer saber como termina o filme não continue lendo. hahahahaha...) Seus amigos então se mobilizam para confortá-lo. Planejam uma festa surpresa cheia de "tigrões", que na verdade são eles disfarçados. Para assim, no final, Tigrão entender que sua família sempre esteve ali.

Eu sou um ser humano privilegiado. Tenho uma família maravilhosa, capaz de qualquer coisa por mim. Mas uma família nuclear, pequena: pai, mãe, um irmão, minha avozinha (que não está mais aqui) e meu filhote. Nunca tive grandes contatos com primos, primas, tias, tios. Aliás, nas famílias dos meus pais qualquer velório vira novela. Mexicana.

Mas aí, mais uma vez, os privilégios: tenho amigos. E não só amigos para farras, para alegrias. Amigos que levam meu bem-estar a sério. Muito a sério. Talvez por ser tão abençoada, nem posso ficar triste. Eles não admitem. "Chega disso!" Tenho amigos capazes de verdadeiros malabarismos pra fazer minha vida melhorar. Tenho outros que imaginam até vinganças por mim, quando eu nem pensei nisso. Tem os que planejam minha vida, os que arrumam minha roupa (igual minha mãe), os que se preocupam com meu corte de cabelo, se almocei, se corri, se dormi pouco, se estou dormindo muito, se engordei ou se emagreci demais. Eles conversam entre si em verdadeiros "complôs" para assegurar minha felicidade e paz de espírito. Brigam ferozmente comigo defendendo os meus interesses. E tantas vezes põe esses interesses acima dos seus. Respeitam meus silêncios e não levam a sério minhas broncas. São fãs do que quer que eu faça... Quem precisa de parentes com uma família assim? Uma que foi escohida e colocada na minha vida cuidadosamente como os bichinhos de pelúcia no "Bosque dos Cem Acres".

Queridos cínicos de plantaõ, o texto está piegas??? Meio brega?? Sinto muito, mas não posso ignorar a presença de criaturas que têm tantos cuidados comigo, nesse mundo que, às vezes, fica inacreditavelmente árido. Eles são meu seguro de fé na humanidade. E eu não saberia viver de outro jeito. Chego a me sentir meio invencível, porque não importa em quantos pedaços a vida me parta, sei que eles vão estar sempre ali pra me colocar inteira de volta. Amo vocês!



Beijos

Ana Mineira

sábado, 6 de fevereiro de 2010

JABOR... DE NOVO...





Já notaram que toda vez que alguém escreve alguma coisa na net e quer credibilidade assina como Arnaldo Jabor, ou Luís Fernando Veríssimo, ou Martha Medeiros?????

Eu como fã assumida dos 3 (mais do LFV que de qualquer outro) sempre fiquei imaginando o que passaria pela cabeça dessas pessoas ao ver isso... Às vezes recebo um email e penso: "Jabor nunca escreveria isso!!!" ou "Vê se LFV ia ser tão piegas???"

Recebi um "texto do Jabor" essa semana, até interessante e pensei em postar, mas antes fui verificar a origem e não consegui comprovar. Aí achei esse. Respondeu todas as minhas questões e outras mais...

Adorei saber que ele evita cacófatos a todo custo (às vezes me envergonho desse tipo de neurose) e adorei as conversas dele com as peruas na rua.

E se confirmou o que eu disse, no dia da bronca que a Xará deu nele, então reitero: casava com o Jabor... E olha que na pequisa eu descobri que ele é do mesmo ano que a minha mãe!!! Mas... quem pode resistir a um homem que escreve uma frase como essa: Na internet eu sou amado como uma besta quadrada, um forte asno... (dirão meus inimigos: “Finalmente, ele se encontrou...”)

Blogs, twitter, orkut e outros buracos

Arnaldo Jabor

- Não estou no “twitter”, não sei o que é o “twitter”, jamais entrarei neste terreno baldio e, incrivelmente, tenho 26 mil “seguidores” no “twitter”. Quem me pôs lá? Quem foi o canalha que usou meu nome? Jamais saberei. Vivemos no poço escuro da web. Ou buscamos a exposição total para ser “celebridade” ou usamos esse anonimato irresponsável com nome dos outros. Tem gente que fala para mim: “Faz um blog, faz um blog!” Logo eu, que já sou um blog vivo, tagarelando na TV, rádio e jornais... Jamais farei um blog, este nome que parece um coaxar de sapo-boi. Quero o passado. Quero o lápis na orelha do quitandeiro, quero o gato do armazém dormindo no saco de batatas, quero o telefone preto, de disco, que não dá linha, em vez dos gemidinhos dos celulares incessantes.

Comunicar o quê? Ninguém tem nada a dizer. Olho as opiniões, as discussões “online” e só vejo besteira, frases de 140 caracteres para nada dizer. Vivemos a grande invasão dos lugares-comuns, dos uivos de medíocres ecoando asnices para ocultar sua solidão deprimente. O que espanta é a velocidade da luz para a lentidão dos pensamentos, uma movimentação “em rede” para raciocínios lineares. A boa e velha burrice continua intocada, agora disfarçada pelo charme da rapidez. Antigamente, os burros eram humildes; se esgueiravam pelos cantos, ouvindo, amargurados, os inteligentes deitando falação. Agora não; é a revolução dos idiotas online.

Quero sossego, mas querem me expandir, esticar meus braços em tentáculos digitais, meus olhos no “google”, (“goggles” – olhos arregalados) em órbitas giratórias, querem que eu seja ubíquo, quando desejo caminhar na condição de pobre bicho bípede; não quero tudo saber, ao contrário, quero esquecer; sinto que estão criando desejos que não tenho, fomes que perdi. Estamos virando aparelhos; os homens andam como robôs, falam como microfones, ouvem como celulares, não sabemos se estamos com tesão ou se criam o tesão em nós. O Brasil está tonto, perdido entre tecnologias novas cercadas de miséria e estupidez por todos os lados. A tecnociência nos enfiou uma lógica produtiva de fábricas vivas, chips, pílulas para tudo, enquanto a barbárie mais vagabunda corre solta no País, balas perdidas, jaquetas e tênis roubados, com a falsa esquerda sendo pautada pela mais sinistra direita que já tivemos, com o Jucá e o Calheiros botando o Chávez no Mercosul para “talibanizar” de vez a América Latina. Temos de ‘funcionar’ – não viver. Somos carros, somos celulares, somos circuitos sem pausa. Assistimos a chacinas diárias do tráfico entre chips e “websites”.

ESCRITORES FANTASMAS

O leitor perguntará: “Por que este ódio todo, bom Jabor?” Claro que acho a revolução digital a coisa mais importante dos séculos. Mas estou com raiva por causa dos textos apócrifos que continuam enfiando na internet com meu nome. Já reclamei aqui desses textos, mas tenho de me repetir. Todo dia surge uma nova besteira, com dezenas de e-mails me elogiando pelo que eu “não” fiz. Vou indo pela rua e três senhoras me abordam – “Teu artigo na internet é genial! Principalmente quando você escreve: ‘As mulheres são tão cheirosinhas; elas fazem biquinho e deitam no teu ombro...’”

“Não fui eu...”, respondo. Elas não ouvem e continuam: “Modéstia sua! Finalmente alguém diz a verdade sobre as mulheres! Mandei isso para mil amigas! Adoraram aquela parte: ‘Tenho horror à mulher perfeitinha. Acho ótimo celulite...’” Repito que não é meu, mas elas (em geral barangas) replicam: “Ah... É teu melhor texto...” – e vão embora, rebolando, felizes.

Sei que a internet democratiza, dando acesso a todos para se expressar. Mas a democracia também libera a idiotia. Deviam inventar um “antispam” para bobagens. Vejam mais o que “eu” escrevi: “As mulheres de hoje lutam para ser magrinhas. Elas têm horror de qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba!”... Luto dia e noite contra cacófatos e jamais escreveria “cós acaba!”. Mas, para todos os efeitos, fui eu. Na internet eu sou amado como uma besta quadrada, um forte asno... (dirão meus inimigos: “Finalmente, ele se encontrou...”)

Vejam as banalidades que me atribuem:
“Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!”
Ou: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!”
Ainda sobre a mulher: “São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades.”
Há um texto bem gay sobre os gaúchos, há mais de um ano. Fui “eu”, a mula virtual, quem escreveu tudo isso. E não adianta desmentir.

Esta semana descobri mais. Há um texto rolando (e sendo elogiado) sobre “ninguém ama uma pessoa pelas qualidades que ela tem” ou outro em que louvo a estupidez, chamado “Seja Idiota!”...
Mas o pior são artigos escritos por inimigos covardes para me sujar. Há um texto de extrema direita, boçal, xingando os brasileiros, onde há coisas como: “Brasileiro é babaca. Elege para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari. Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira. Brasileiro é vagabundo por excelência. Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada, não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo. 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como ‘aviãozinho’ do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora... O brasileiro merece! É igual a mulher de malandro – gosta de apanhar...”

E o pior é que muita gente me cumprimenta pela “coragem” de ter escrito esta sordidez. Ou seja: admiram-me pelo que eu teria de pior; sou amado pelo que não escrevi. Na internet, eu sou machista, gay, idiota, corno e fascista. É bonito isso?

Beijos

Martha Med.. digo...

Ana Mineira


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

OUTROS CARNAVAIS




Belo Horizonte é uma cidade bem provinciana (posso falar à vontade, sou filha dela e fã irremediável), com todo seu status de terceira capital do país e problemas de metrópole é, como muitos de nós costumamos dizer em momento de irritação extrema, uma roça. Meu bairro é pior. É a roça dentro da roça. Aqui falta pouco pra gente se chamar de "cumpadre". Dentro da roça, que fica na roça, tem um clube. O Oásis Clube. Ou para os íntimos Oásis Night Club. Ou para os ainda mais íntimos: o Nights. A melhor coisa do Nights pra mim é o slogan, uma verdadeira pérola da publicidade: "Tranquilidade dentro da cidade."

Nunca fui sócia, mas até os 18 anos, tinha uma época do ano, em que frequentava o Nights religiosamente: o carnaval.
Até hoje ainda fico meio nostálgica quando vai chegando... Já passei a folia na Bahia com trio elétrico e tudo mais, no interior, em diferentes cidades, na praia, na montanha, na fazenda, enfim, já tive uma cota satisfatória de carnavais. Mas, em se tratando de inesquecível, nada se compara aos meus tempos de Oásis Clube. Alguns devem estar pensando: "Santo programa de índio, Batman!" E era mesmo. Aliás, todo mundo sabe, que ficar nessa cidade durante o carnaval é, por si só, uma tremenda fria. Acontece que na minha infância meus pais raramente podiam viajar, eu ficava aos cuidados da minha avó e essa era a única opção.

Os bailes aconteciam em três sessões: a matineé, o soireé e o carnaval noturno. Todos nós no bairro começávamos pelo baile infantil. Ainda me lembro da primeira matineé que fui, o salão lotado, fiquei assustadíssima... Com o tempo fui me acostumando até ficar com vontade de ir ao soireé, que era juvenil, digamos assim.
A dinâmica dos bailes diurnos era esquisitíssima, digna da época. Havia uma roda, que girava em torno de si, com as pessoas entrelaçando os braços em grupo. Em volta dessa uma outra roda pra quem só queria observar. De manhã, além das crianças catando confete no chão, tinha os adolescentes em começo de carreira, 13, 14 anos e os pré-adolescentes ensaiando na tal roda. A tarde a vez dos "grandes", só meninos e meninas entre 13 e 20 anos (será q alguém ali chegava a ter 20?). O ano em que mesmo frequentando o baile da manhã você conseguisse permissão dos seus pais para ir ao soireé era um acontecimento memorável, um verdadeiro rito de passagem...

A música era mecânica e praticamente a mesma ano após ano. Misturavam-se as eternas marchinhas, músicas tradicionais, sambas, frevos e MPB carnavalesca com os hits daquela temporada. O salão era um forno. E se já estávamos pegando o boi de nos deixarem ir ali, tínhamos que nos virar com o dinheiro que davam, que geralmente era uma miséria... Acabava o dinheiro pra comprar refrigerante?? O bebedouro era logo ali... Então, se era tanto desconforto, tudo tão precário... Por que tanta saudade??

Estávamos no auge da adolescência, nos divertíamos como se o mundo fosse acabar na quarta-feira de cinzas. Quase
todos ali eram moradores do bairro, mas durante o resto do ano tínhamos poucas oportunidades de trocar mais do que olhares. E naquele lugar a vigilância de adultos era quase zero... a não ser para os pobres coitados que eram obrigados a ir acompanhados e que ficavam com uma cara...Era tempo de liberdade, de paquera. Os amores, de carnaval ou não, eram a grande motivação de todo mundo. Então só nos preocupava quem ia, como ia, com quem ia e se ia voltar no dia seguinte . A sensação era indescritível, nunca ficava chato, cada volta naquela roda era emocionante. Tanta intensidade que dava frio na barriga.

Hoje vejo aqueles mesmos rostos (ninguém muda dessa pocilga!!!) sem as bochecas e formas da puberdade, é claro. E sem os shortinhos (ah... o meu shortinho jeans e seu eterno inimigo... meu pai...), blusinhas e camisas de bloco... E não mais flertando... Vejo no supermercado, no sacolão, no banco, nas portas das escolas atravessando crianças. Mas consigo lembrar de cada um dentro daquele salão, em seu lugar preferido, esperando sua paquera passar... Lembro das sensações, de olhares ansiosos e corações disparados. Lembro de cada música... E da tristeza que a gente sentia quando o locutor dizia "Até o ano que vem." É fácil olhar pra trás e perceber que aquelas cores, e cheiros e sentimentos não eram pela época do ano, eram pela época da vida e constato isso sem a menor melancolia. Sei que foram os melhores carnavais de todos os tempos porque estavam impregnados de adolescência!!

Foi bom te ver outra vez...
tá fazendo um ano...
foi o carnaval que passou!
Eu sou aquele pierrot
que te abraçou
e que te beijou, meu amor...
A mesma máscara negra esconde o teu rosto
eu quero matar as saudades...
Vou beijar-te agora,
não me leve a mal...
Hoje é carnaval...

Beijos e bom carnaval!

Ana Mineira

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

NOSSO AMIGO O GRANDE IRMÃO


Outro dia a Aninha fez um post sobre BBB e citou o livro 1984, de George Orwell, que inspirou o nome do programa e aparentemente também o conceito do jogo.
E aí não resisti... Preciso desabafar... Esse asunto me incomoda há anos...

Os participantes do programa NÃO são brothers e sisters!
O Big Brother é o Boninho!

Ai, falei!!! Ufa!!! Que alívio...

Li o livro em 1984, em plena adolescência (ele foi escrito em 1955, tipo ficção científica pós Segunda Guerra) e ainda me lembro da agonia que senti... O Grande Irmão é o Estado, que trás toda a população em rédeas curtas, impondo regras rígidas para os menores aspectos da vida de cada um, controlando todas as atividades e interferindo em tudo. A eles é dito o que vestir, o que comer, onde trabalhar, onde ir, com quem e como se relacionar. Sem nenhuma garantia de direitos e liberdade individual. Para manter isso todos os cidadãos são vigiados por câmeras e microfones 24 horas por dia.

Esse é o jogo. Essa é a essência. "Mas isso é sádico!!!" Claro que é! É a reprodução de um cenário de totalitarismo, um pesadelo humano! E ou nós assumismos o nosso sadismo (sim! somos sádicos!) ou deixamos de dar audiência pra eles. Mas ficar por aí choramingando contra a emissora, a direção, a produção, clamando por justiça e direitos humanos é patético. É como se num jogo de futebol a gente se revoltasse de ver os jogadores disputando a bola, desse uma pra cada um e dispensasse o árbitro (aquele malvado que expulsa!!!).

Ontem apareceu a notícia de um projeto na Câmara dos Deputados que prevê a punição das emissoras que transmitam situações e cenas que atentem contra a dignidade humana em reality shows.
Hein???????
Como????????
Atentar contra a dignidade humana????
Lá ninguém assiste a telejornal????


Aproveitando a semana da propaganda vou citar: "Brasileiro é tão bonzinho!".
A gente não briga, não reclama, não protesta, não discrimina... Somos todos amigos, levamos tudo numa boa (tanto assim que a pessoa se mata pra entrar num jogo, depois se mata numa prova pela liderança e depois chora porque tem que indicar alguém)...

De tão bonzinhos que somos conseguimos distorcer o conceito de Orwell e entramos numa de brodagem com o grande irmão: "É Big! É brother!!" (quando vejo esse brinde imagino o pobre George se revirando no túmulo...) E no final das contas o grande irmão acaba virando o chatinho metido a besta que atrapalha a diversão...

Como assim, Bial?? A Rede Globo, na figura do Boninho, É o grande irmão, quer gostemos ou não. A função dele é atormentar a todos
, com um autoritarismo levado as últimas consequêcias. Primeiro àqueles jogadores (que, afinal de contas, entraram ali pra ser atormentados) e também ao público, que faz o papel do leitor de 1984 e sofre com a própria impotência. Sim, também estamos ali para sofrer com os desmandos (o programinha além de tudo é masoquista... S&M... devia passar em canal adulto...). Ser arbitrário e mudar as regras não é só uma prerrogativa do dono daquela brincadeira... É a própria brincadeira.




Beijos

Ana Mineira

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

CORUJAS



A Coruja e a Águia

Fábula portuguesa recontada por Monteiro Lobato


Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
- Basta de guerra - disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
- Perfeitamente - respondeu a águia. - Também eu não quero outra coisa.
- Nesse caso combinemos isto: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
- Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?
- Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus.
- Está feito! - concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
- Horríveis bichos! - disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja.
E comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi justar contas com a rainha das aves.
- Quê? - disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha, não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...
Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai. Lá diz o ditado: quem o feio ama, bonito lhe parece.



Ah! Fazer o quê??
Como diz minha amiga July, nós duas temos sorte...
Podemos nos gabar da beleza de nossos filhos à vontade porque eles são mesmo muito lindos... hahahahahahahahahahahaha

Aliás, a mãe de uma pessoa querida diz a mesma coisa...
Saudade, pessoa querida!
E a fábula vai pra corujinha da Ju, que adora essa história...


Beijos


Ana Mineira